História

A tradição diz que o Bispo de Cidade Rodrigo vinha passar as férias para a nossa Aldeia. Mas, o que parece mais provável, é que o nome advém do facto do Senhor da terra ser o Bispo ao qual pertenciam todos os rendimentos.(Arquivo Nacional da Torre do Tombo).

Aldeia do Bispo só pertenceu à Diocese da Guarda desde 1882.

O desenvolvimento desta aldeia deveu-se também à custa do contrabando, tendo mesmo um posto da Guarda-Fiscal, extinto em 1992. As populações raianas faziam do contrabando com Espanha meio de vida complementar da actividade principal que era uma agricultura deficitária. Os contrabandistas raianos transportavam carregos e odres às costas. As mulheres enrolavam fazendas, sedas e rendas à volta do corpo, por baixo da saia e da blusa. Trabalhavam de sol a sol, à noite passavam por montes e vales para trazerem o contrabando, voltavam encharcados, magros e com as roupas rasgadas. Os inimigos dos contrabandistas eram os Carabineiros e os Guardas-Fiscais.

Alguns dos produtos contrabandeados eram: café, vestidos de pana, alparcatas (calçado), entre outros.

Do seu património cultural e edificado, destaca-se a Igreja Matriz , a Igreja Nova (igreja de St.º Antão), o campanário, os chafarizes (recentemente restaurados), a Ponte Dr. Manso, contruída em 1971 e as sepulturas escavadas na rocha.

Actualmente a freguesia tem um lar de 3.ª idade bem equipado, inaugurado em Abril de 1983, um pavilhão multiusos, campo polivalente, uma piscina de adultos e outra para as crianças.